Inovações Tecnológicas na Contabilidade
Se essa evolução trouxe perdas e ganhos à prática da contabilidade, é bom que se faça uma avaliação cuidadosa desse cenário. Portanto, a partir do tema “A Contabilidade no século XXI”, aqui se propõe uma análise da evolução da Contabilidade no cenário das inovações tecnológicas. Dessa forma, toma-se como objeto de estudo a contabilidade, o profissional e as novas técnicas contábeis.
Assim sendo, este artigo tem como objetivo analisar o processo de implantação e uso de inovações tecnológicas na prática da contabilidade, principalmente no que se refere às mudanças ocasionadas na execução das atividades e no perfil do profissional contábil para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou financeiras.
Para se chegar à meta estabelecida como principal, é necessário que esta pesquisa busque identificar as principais inovações tecnológicas ocorridas na contabilidade, atualizando a visão sobre o novo mercado profissional, em como conhecer e avaliar o perfil do profissional exigido, hoje, pelo mercado profissional.
A importância desta proposta está no fato de servir de ferramenta de entendimento da área contábil no século XXI, no intuito de nos mantermos informados, buscando ser profissionais cada vez mais diferenciados no mercado de trabalho atual.
Assim, o diferencial desta pesquisa consiste em buscar informações, no que dizem respeito à tecnologia, que poderão demonstrar suas influências, suas constantes mudanças, indicando o caminho a seguir, quando o assunto é excelência no trabalho.
Este anteprojeto, portanto, trata-se de uma proposta de análise de como era e como está a área contábil, na era da informação, a partir da seguinte pergunta:
Como as mudanças de cenário, a partir das inovações tecnológicas, influenciaram a contabilidade e o perfil do contabilista?
Objetivos
Objetivos Geral
Destacar os principais aspectos das inovações tecnológicas na contabilidade, reconhecendo suas implicações na prática cotidiana, principalmente no que se refere às mudanças ocasionadas na execução das atividades e no perfil do profissional contábil para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou financeiras.
Objetivos Específicos
Foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos para se atingir o objetivo geral:
Identificar as principais inovações tecnológicas ocorridas na contabilidade, atualizando a visão sobre o novo mercado profissional.
Conhecer e avaliar o perfil do contabilista exigido, hoje, pelo mercado profissional.
Aspectos Metodológicos
A partir dos propósitos pré-definidos de pesquisa, apresentam-se abaixo os aspectos metodológicos aqui envolvidos:
Objeto de pesquisa: a contabilidade, o profissional contabilista e as novas técnicas contábeis.
Método de coleta de dados: Pesquisa Bibliográfica
Tratamento dos dados: análise quantitativa de informações.
Bases Teóricas
A CONTABILIDADE E SUAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
Estudar a influência das inovações tecnológicas na contabilidade é importante para se adquirir conhecimento eficaz na área contábil. A fim de exemplificar esta afirmação não precisamos voltar muito no tempo para ver as modificações que a tecnologia trouxe para a contabilidade e para o contabilista.
Em seus primórdios, a contabilidade se caracterizava por evidenciar a riqueza patrimonial de determinada pessoa. Esses registros eram feitos de forma bastante rudimentar, através de desenhos para representar a quantidade e com riscos, a qualidade, ensina Lopes de Sá (2006, p.22).
Na medida em que a variedade de riquezas aumentava, as inscrições foram ficando mais complexas, surgindo então os “registros de escrituração contábil”. Nesses registros, calculava-se quanto se gastava para produzir, faziam-se previsões ou cálculos antecipados sobre a movimentação da riqueza e se escriturava tudo completa.
A partir da Idade Média, a escrituração contábil caminhou para a sistematização, oferecendo maior rigor e complexidade em seus registros, ensina Lopes de Sá (2006, p. 24).
Vale ressaltar, conforme pondera Cardoso (2006, p.277), que todo esse avanço valoriza ainda mais o profissional contábil que, frente a grandes mudanças sofridas desde então, trata de se atualizar. Nesse contexto, o contabilista precisa ser um profissional flexível e preparado para enfrentar os desafios de uma profissão na qual, além de evoluir continuamente, traz o germen da competição e de exigências que crescem a cada dia.
Nesse contexto está a interferência tecnológica na contabilidade, mais especificamente a Tecnologia da Informação ou TI. Segundo Padoveze (2009, p.29), um “conjunto tecnológico à disposição das empresas para efetivar seu subsistema de informação e suas operações”.
De fato, essa interferência tecnológica é significativa e positiva. Toda inovação nesse aspecto trouxe um grande avanço para a contabilidade.
Segundo Palves (2011, p.01) a abertura de mercado, ocorrida na década de 80, possibilitou o acesso a inúmeros recursos antes desconhecidos no Brasil. Em pouco tempo tivemos grande mudança e a utilização de tecnologia de ponta, sistemas integrados, certificação digital, gerenciamento eletrônico de documentos, que garantem o controle e a gestão de negócios cada vez mais eficientes.
Para Corrêa (1997), as empresas, cada vez mais, lançam mão da tecnologia para auxiliar seus gestores no processo decisório e na elaboração de planos estratégicos. Dentre várias alterações, está o surgimento de sistemas integrados de gestão empresarial, os ditos ERP (Enterprise Resource Planning). Estes sistemas, segundo o autor (1997), de uma forma bastante eficiente “cruzam dados que foram imputados nos seus mais diversos módulos, a fim de gerar relatórios detalhados sobre qualquer aspecto ou departamento de uma empresa”.
O SPED – Sistema Público de Escrituração Digital foi outro passo importante e merece especial atenção pelos contabilistas. Este sistema consiste em transmitir eletronicamente para o governo federal os livros contábeis das empresas, ou seja, todas as informações do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e a Declaração de Informações Econômico-Fiscais de Pessoa Jurídica (DIPJ). Seus dados são transmitidos para o SPED, desobrigando as empresas de guardar todas as informações em papel PADOVEZE,( 2009, p. 217).
O SPED Fiscal é um modelo de nota fiscal eletrônica adotada no Brasil, constitui um conjunto de escriturações fiscais e informações de interesse dos fiscos, das unidades federativas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
O SPED, no âmbito da Receita Federal, faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira (PMATA) que consiste na implantação de novos processos apoiados por sistemas de informação e infraestrutura logística adequada. (FAZENDA, 2011).
É nesse contexto que as mudanças tecnológicas decorrentes do uso da informática e do desenvolvimento da comunicação estão redirecionando o trabalho do contador. Para alcançar uma visão global dentro dessa nova realidade e continuar competindo no mercado de trabalho, “o contador deve aprimorar suas dimensões profissionais e buscar mudanças de postura”, ensina Montalli (1997,p.02), deixando de lado “meramente a observação crítica”, e intervindo na realidade com “atitudes mais criativas e flexíveis”.
Se estas mesmas tecnologias podem ser utilizadas para enriquecer os ambientes empresariais, criando uma nova forma de gestão, comunicação e interação dos profissionais, o contador deve buscar sempre a qualificação. Entretanto, como afirma Naisbitt (apud MEISTER, 1999) a “qualificação mais importante” que um profissional precisa adquirir é “aprender a aprender” E, no caso específico desta pesquisa, aprender que a necessidade de harmonização às normas internacionais, no âmbito global, nos mostra o quanto é importante acompanhar as exigências de uma profissão cada vez mais interativa e competitiva.
Toda essa mudança na área contábil deve ser vista por todos que atuam direta ou indiretamente com a contabilidade, como uma grande oportunidade de renovação do conhecimento e valorização da profissão contábil, pois, para continuar avançando, o Brasil precisará, cada vez mais, de profissionais capacitados.
Instrumentos de Pesquisa
Questionário – aplicado a profissionais da área contábil para fornecer subsídios reais da amostra pesquisada.
A fim de analisar o processo de implantação e uso das inovações tecnológicas na prática da contabilidade, principalmente no que se refere às mudanças ocasionadas na execução das atividades e no perfil do profissional contábil para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou financeiras, responda as perguntas. Sua opinião é muito importante.
(Todos os instrumentos de pesquisa de utilizados, como questionários, encontrasse no link no final da página)
Análise de Dados
Por meio de um questionário aplicado aos profissionais da área contábil, a fim de analisar o processo de implantação e uso das inovações tecnológicas na prática da contabilidade, principalmente no que se refere às mudanças ocasionadas na execução das atividades e no perfil do profissional contábil, para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou financeiras, perguntou-se como era o processo de trabalho na contabilidade, antes da informatização e constataram-se os seguintes dados, representados a seguir:
O Trabalho do Contador antes da Informatização
Conforme se verifica no gráfico acima, 40% dos respondentes disseram que o trabalho do contador era manual, a escrituração era feita em livros contábeis, que eram guardados por muitos anos como única forma de se saber o que acontecera naqueles dias. Resumia-se, então, a escriturar e, assim, o antes da informatização fazia das atividades contábeis um processo lento.
Por sua vez, 20% dos entrevistados acrescentaram a opinião de que o trabalho do contador, antes burocrático, gerava grande número de papéis e, consequentemente, bastantes erros e acúmulo de informações; hoje, para eles o processo contábil é rápido e muito preciso.
10% responderam que o contador antes era efetivamente o guarda-livros e, por isso, não tinha o reconhecimento necessário. Outros 10% referiram-se a tais livros como relíquias. Mais 10% disseram que os processos eram burocráticos ao extremo, cheios de funções em duplicidade e sem objetivo em comum.
E, ainda, outros 10% lembraram-se de que a contabilização era feita por meio de razonetes e os saldos, transcritos para um equipamento apropriado que redigia as informações em papel definitivo. Sem se lembrarem do nome da máquina, recordaram-se de sua aparência, de que era como uma grande máquina de escrever, bem maior que uma máquina de datilografia comum.
É interessante comentar sobre os aspectos mencionados anteriormente. Primeiro, a questão do reconhecimento. Os profissionais da área ganhavam pouco e trabalhavam muito, e, ainda assim, não eram merecedores de status ou promoção. Gastavam-se horas para elaborar um simples relatório, era exaustivo. Hoje, o profissional atualizado e disposto a qualificar-se, a “aprender a aprender” (NAISBITT apud MEISTER, 1999), disposto a se adequar às novas normas e exigências contábeis, é altamente reconhecido, não só internamente na empresa; ele cresce em compasso com a atualidade do mundo. Além disso, o mercado o reconhece e o promove, indo ao encontro de seu conhecimento. Depois, a burocracia dos processos contábeis atrasava muito o trabalho do contador que empenhava muito de seu tempo, desde a coleta de dados até que as declarações fossem redigidas ou, por exemplo, a retenção de impostos fosse feita. Montar balanços, balancetes e relatórios era cansativo e desgastante. Outra questão apresentada é a ausência de tecnologia naqueles tempos. Se antes as máquinas eram como os livros-contábeis, verdadeiras relíquias; hoje vemos a Tecnologia da Informação (TI) crescendo em grande escala e tornando-se, cada vez mais fundamental e necessária, não apenas para as empresas, mas principalmente para o profissional contábil.
Quando se buscou saber como a tecnologia contribuiu para o trabalho do contador atual, a maioria (80%) afirmam que facilitou a integração dos contadores com outros setores das empresas, permitindo um trabalho mais ágil, eficiente, com um menor número de erros e papéis e resultado bem mais rápido para as empresas. Comentam que, além da agilidade, a tecnologia permite uma visão global do trabalho contábil, com informações mais rápidas, podendo permitir ações imediatas.
Apenas 10% acreditam haver mais transparência nos processos contábeis e, para outros 10%, apesar da modernização, a essência do trabalho nunca mudou, mas se antes o contador tinha contato apenas com informações de produtos e a movimentação da empresa, depois do processo de negócio finalizado, hoje isso não acontece. Acrescentam, ainda, que se antes a rotina do contador era viabilizar o pagamento de impostos devidos e escriturar, manualmente, ou em sistemas de computador, as informações das notas emitidas, o que a tornava extremamente operacional; hoje, o processo “informatizado” depende de um profissional muito competente.
Contribuição da Tecnologia para o Trabalho do Contador
Nesse sentido, pode-se deduzir que pequena parte da população respondente considera que, antes, o profissional não precisava ser tão competente para atuar nos processos contábeis. Menos mal que seja uma pequena porcentagem, pois isso não seria verdadeiro afirmar, uma vez que a atividade contábil sempre exigiu de seus profissionais competência e dedicação, para conseguir de forma precisa atender as exigências do mercado.
Talvez, o melhor seria dizer que hoje ele tem que se preparar mais para conseguir desempenho à altura das possibilidades que as novas tecnologias oferecem. Afinal, o contabilista precisa ser um profissional flexível e preparado para enfrentar os desafios de uma profissão que está em constante evolução (CARDOSO, 2006).
Quando se perguntou quais foram os pontos positivos e negativos da área contábil, após o surgimento da informatização, uma minoria (5%) acredita que a diminuição de tempo gasto na contabilização e a necessidade de menor número de funcionários geraram desemprego e outros 5% destacam a escassez de mão-de-obra qualificada no mercado como conseqüência da rápida informatização.
Diferentemente, a grande maioria – 60% – acredita que as informações em tempo real, a facilidade para se arquivar documentos sem a necessidade de pilhas de papéis, a agilidade nos órgãos e o acesso disponível para vários usuários à legislação on-line trazidas pela informatização tornam os profissionais cada vez mais qualificados, além de gerar maior confiabilidade nos dados obtidos.
Ainda a respeito dos pontos positivos e negativos da área contábil, após o surgimento da informatização, 10% acreditam que a dificuldade que os contadores tinham em realizar a busca por documentos no arquivo morto em que ele armazenava seus documentos fiscais, hoje, desapareceu, pois, com o SPED, o que interessa para o contador é o arquivo eletrônico. Basta digitar o dado no campo de busca, e ele terá em mãos uma resposta rápida e precisa. Outros 10% igualmente acreditam haver mais agilidade, além de transparência dos dados e poder de decisão. Por outro lado, 10% opinam que a burocratização dos órgãos com informações repetidas, causa dependência na execução dos serviços.
Pontos Positivos e Negativos na Contabilidade após a Informatização
Diante dessas respostas, pode-se verificar que apenas uma pequena parcela dos entrevistados vê como ponto negativo a repetição de informações e a dependência na execução dos serviços, decorrentes dessa constante evolução da tecnologia. Entretanto, corroborando o que diz a maioria dos respondentes, os pontos positivos suplantam tal deficiência que deve ser considerada irrisória, se comparada aos ganhos que os novos sistemas contábeis são capazes de proporcionar, em termos de transparência, agilidade e fidedignidade de informações. Ainda, independentemente disso, os sistemas de informatização já conquistaram seu espaço no ambiente contábil e é impossível se pensar em uma regressão nos seus processos.
Quando a questão foi saber qual o perfil do contabilista exigido pelo mercado, após as inovações tecnológicas, 80% afirmaram que se busca um profissional com visão ampla de mercado para tomadas de decisões assertivas, junto à administração das empresas. Um profissional que possua extenso conhecimento tecnológico, que procure o desenvolvimento da empresa e uma vida profissional sempre atualizada. Para 20% o mercado também busca um profissional de perfil pró-ativo, que tenha espírito de liderança para interagir com diversas áreas da empresa, que seja flexível e esteja em sintonia constante com as necessidades do mundo moderno.
Perfil do Contabilista Exigido pelo Mercado
Nesse sentido, pode-se dizer que à medida que a tecnologia avança, carrega consigo o profissional, que deve sempre ter uma visão ampla do mercado, aprimorando de modo contínuo e ininterrupto as suas “dimensões profissionais” e buscando mudar de postura, com criatividade e flexibilidade (MONTALLI, 1997).
Também se questionou se a profissão do contador seria extinta, com a chegada da informatização. Sobre isso, a maioria (80%) acredita que, desde que o profissional se qualifique e busque adquirir o conhecimento em inovações tecnológicas que o mercado contábil exige, com disponibilidade para o desenvolvimento da profissão, a extinção é algo impensável. Aliás, segundo 10% dos respondentes, o profissional que buscar novos cursos, pós-graduação com ênfase voltada para área, habilidade com pessoas, visando à qualificação, será, ao contrário, muito bem sucedido. Para outros 10%, o contador é uma liderança responsável pelos dados e informação lançados e a informatização é apenas um suporte necessário, para que o contador possa exercer suas atividades de forma coerente e confiável.
A Extinção Profissão Contábil após a Informatização
De fato, pensar que a profissão contábil, após as inovações tecnológicas, possa se extinta é algo completamente equivocado. Na verdade, o que vai acabar em um futuro não tão distante, são as antigas práticas, os antigos métodos de trabalho, por isso, o contador deve saber utilizar as novas ferramentas de trabalho disponíveis. Se as empresas, cada vez mais, lançam mão da tecnologia para auxiliar seus gestores (CORRÊA, 1997), o contador não pode fechar os olhos a esse suporte ou ferramenta indispensável. Aliás, é disso mesmo que se trata, uma ferramenta que agiliza os processos, mas não substitui nem anula a capacidade analítica do contador.
Para saber a opinião dos profissionais atuais sobre os contadores atuantes no mercado há mais tempo, foi perguntado se esses contadores “mais antigos” estariam aptos a utilizarem os novos sistemas contábeis. Sobre esse aspecto, 100% dos respondentes disseram que sim. Entretanto, a condição apontada é a de que sejam profissionais dinâmicos, dispostos a se aperfeiçoar cada dia mais, por meio de cursos para atualização e dispostos a alcançarem os objetivos da empresa em que atuam.
Nesse sentido, novamente tem-se a ideia de aperfeiçoamento contínuo. O profissional que permanecer estagnado em velhos paradigmas, impreterivelmente estará fora do mercado de trabalho, mas com atualização adequada e a grande experiência na bagagem, as empresas não só não abrirão mão, mas verão nele o perfil muitíssimo apropriado para seus objetivos.
Com a informatização dominando o mercado contábil, outro interesse era saber se é possível voltar no tempo e que ocorra um processo inverso: o de que um contador execute seu trabalho sem a informática. Pois bem, 60% responderam que não. Afirmam que o mercado exige cada vez mais rapidez, menos erros, maior agilidade nas informações, e não dá mais esperar a demora do trabalho contábil manual. Para eles, a tecnologia é parceira do trabalho executado e é essencial para o desenvolvimento de uma empresa. 40% acrescentam, ainda, que as exigências da Receita Federal e dos governos requer informações em tempo hábil, o que muitas vezes não se consegue com o trabalho manual.
Possibilidade da Contabilidade voltar a ser Manual
Portanto, a informática, os sistemas e os métodos atuais de contabilidade são fundamentais para os profissionais. É impossível atender as necessidades e exigências das empresas e dos interessados, como, por exemplo, o Governo, sem esse suporte, para dar qualidade e agilidade aos processos.
Nesse universo de respondentes, procurou-se saber o grau de sua familiaridade com uma das inovações mais destacados na área da informatização contábil, o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital. Também, o conhecimento a respeito da sua finalidade nas empresas. Entre as respostas obtidas, 20% incluíam que o SPED serve para substituir as escriturações e impressões dos livros fiscais. 80%, que o SPED veio facilitar a comunicação entre as empresas e o Fisco, promovendo integração e agilidade no cruzamento das informações com rapidez e eficácia, além de fiscalização mais determinante e total controle do estado sobre as empresas.
Conhecimento sobre SPED e sua Utilização
Essas respostas refletem um profissional familiarizado e totalmente ligado nas inovações tecnológicas. Para atender um programa digital como o citado acima, é necessário a busca interminável pelo conhecimento, uma eterna escola onde o aprendizado e o saber nunca são denominados suficientes, por isso todo profissional contábil deve ser ambicioso por conhecer mais e sempre.
A fim de esclarecer a amplitude da área contábil perguntou-se quais os papéis que o profissional contábil pode exercer 60% sugeriram trabalho em empresas como responsável pela administração financeira, pelo desenvolvimento, planejamento e evolução, analisando a entidade através dos registros contábeis. 40% acreditam que o contador pode atuar na área de fiscalização, auditoria interna ou externa e como contador público.
Áreas de Atuação do Contador
Enfim, buscando incentivo aos que fazem esta pesquisa e aos que possivelmente irão ler seus resultados, perguntou-se aos respondentes se gostariam de deixar alguma mensagem para os estudantes dos cursos de Ciências Contábeis, em geral. Os incentivos obtidos foram diversos.
A maioria (80%) sugeriu, textualmente, aprender sempre um pouco mais do que se é mostrado em sala de aula. Ser contador, hoje, é estar sempre se atualizando para um mercado cada vez mais competitivo. Os 20% restantes disseram que, além de a profissão contábil exigir um profissional que esteja sempre se atualizando no mercado, é necessário que ele queira buscar o desenvolvimento profissional, pois apenas os melhores alcançam o tão sonhado sucesso profissional no mercado contábil, e que esse sucesso buscado durante a formação nada mais é que ser um profissional que exerça um papel de liderança fundamental para desenvolvimento e evolução das empresas. Ora, realmente, isso apenas se alcança, por meio de estudo, leitura e a prática diária, que seguramente levam à experiência e ao tão sonhado sucesso profissional.
Considerações Finais
A partir do tema “A Contabilidade no século XXI: A Contabilidade e Suas Inovações Tecnológicas”, aqui se propôs uma análise da evolução da Contabilidade nesse cenário de modernização, respaldada pelas disciplinas do curso. A Contabilidade Geral, no que se refere à avaliação do papel do contador na des/re/construção da cultura organizacional. A Teoria da Administração, no que se refere à avaliação do impacto do desenvolvimento tecnológico sobre a gestão. A Sociologia, no que se refere à avaliação das implicações das tecnologias na construção das subjetividades contemporâneas e a Leitura e Produção de Texto, no que diz respeito às transformações das linguagens pelos novos meios tecnológicos, por meio da construção de dois gêneros textuais, produtos desta pesquisa, a monografia em se que contempla Linguagem-científico-acadêmica e como diário de pesquisa o blog GCONT, gênero textual mediático. Dessa forma, tomou-se como objeto de estudo a contabilidade, o profissional e as novas técnicas contábeis.
Com o objetivo analisar o processo de implantação e uso de inovações tecnológicas na prática da contabilidade, principalmente no que se refere às mudanças ocasionadas na execução das atividades e no perfil do profissional contábil para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou financeiras, foi necessário identificar as principais inovações tecnológicas ocorridas na contabilidade, bem como conhecer e avaliar o perfil do profissional exigido no novo mercado profissional.
Baseamo-nos nos estudos de Lopes de Sá, entendemos como era a contabilização antigamente, as mudanças ocorridas e a influência das inovações tecnológicas nesse contexto. Palves nos mostrou o uso da tecnologia de ponta, dos sistemas integrados, da certificação digital e o gerenciamento eletrônico de documentos na contabilidade moderna, o que possibilita um trabalho cada vez mais eficiente.
Motivados a buscar conhecimento ainda fora do que se estuda na sala de aula, suplantando a proposta de interdisciplinaridade das matérias envolvidas no módulo ora em andamento, por meio de coleta de dados via Pesquisa Bibliográfica, realizamos pesquisa eletrônica no site do Ministério da Fazenda onde encontramos um mundo de informações sobre o SPED – Sistema Público de
Escrituração Digital, sistema que possibilitou a transmissão de dados em tempo real entre empresas e Fisco, tratando-os por meio de análise quantitativa e ampliando-os por procedimentos como questionário disponíveis em nosso blog GCONT –
Nossas análises, portanto, partiram da pergunta: Como as mudanças de cenário, a partir das inovações tecnológicas, influenciaram a contabilidade e o perfil do contabilista? E como resposta verificou-se que o processo de implantação e uso das inovações tecnológicas na prática da contabilidade influenciou de forma geral a contabilidade.
Um dos pontos analisados foi a questão do reconhecimento. Se antes, o profissional não o possuía, porque sua única função eram as escriturações fiscais, hoje, atualizado e disposto a qualificar-se e a se adequar às novas normas e exigências contábeis, é altamente reconhecido, não só internamente na empresa, mas no contexto da atualidade do mundo. Outra questão foram as máquinas e os livros-contábeis, verdadeiras relíquias substituídas pela Tecnologia da Informação (TI) que se tornou fundamental e necessária para as empresas e para o profissional contábil. A atividade contábil sempre exigiu de seus profissionais competência e dedicação, para conseguir de forma precisa atender as exigências do mercado, mas hoje ele tem que se preparar mais para conseguir desempenho à altura das possibilidades que as novas tecnologias oferecem. Afinal, o contabilista precisa ser um profissional flexível e preparado para enfrentar os desafios de uma profissão que está em constante evolução.
Os sistemas de informatização já conquistaram seu espaço no ambiente contábil e é impossível se pensar em uma regressão nos seus processos, por isso o profissional, deve sempre ter uma visão ampla do mercado, aprimorando as suas “dimensões profissionais”, de modo contínuo e ininterrupto, e mudando de postura, com criatividade e flexibilidade.
Outra influência das mudanças de cenário teria sido um certo temor de que a profissão contábil, após as inovações tecnológicas pudesse extinguir-se. Ora, as antigas práticas, os métodos retrógrados de trabalho, serão fatalmente substituídos em um futuro não tão distante, mas o contador que não feche os olhos à tecnologia indispensável, não terá anulada a sua capacidade analítica de contador, mas encontrará um aliado da sua experiência adquirida pela prática e/ou pela atualização constantes, para auxiliar na gestão das empresas contemporâneas. Seu perfil não poderia ser, neste momento, mais apropriado para os objetivos empresariais.
É impossível atender as necessidades e exigências das empresas modernas e dos interessados, como o Governo, sem o suporte da informática, dos sistemas e dos métodos atuais de contabilidade.
Enfim, ser contador, hoje, é estar sempre se atualizando para um mercado cada vez mais competitivo. A profissão contábil exige um profissional que, em sintonia com os novos tempos, exerça um papel de liderança fundamental para desenvolvimento e evolução das empresas e de si próprio.
A realização desta pesquisa demonstra que as influências e as constantes mudanças, indicam rumos em direção à excelência nos processos de trabalho na contabilidade. O Contador do Século XXI tem que ser, portanto, um profissional diferenciado aberto para todas as áreas de informações, buscando transformar os desafios de seu dia-a-dia em oportunidades de crescimento.
Nossas análises comprovam que maiores influências á contabilidade e ao perfil do contabilista trazidas pelas mudanças de cenário, a partir das inovações tecnológicas, são, sem dúvida, a capacidade de adaptação de empresas e profissionais ás novas práticas contábeis sempre em busca de um objetivo maior: de nos tornarmos líderes e profissionais competentes e dedicados, com visão ampla de mercado, ágeis nas resoluções dos processos, partipantes e ambiciosos na interminável busca pelo conhecimento, nesse novo e dinâmico mercado contábil que se abre.
Fonte: https://gcont.wordpress.com/anteprojeto/